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22/09/2017 às 14:00, Atualizado em 22/09/2017 às 11:54

Pesquisa estuda produção de energia alternativa no Estado

O Brasil tem uma posição geográfica privilegiada para utilização de dispositivos fotovoltaicos.

As fontes de energia tradicionais, como as baseadas em petróleo, carvão e gás natural, são efetivas para o progresso econômico, mas prejudiciais para o meio ambiente. Essa contradição desperta nos pesquisadores ao redor do mundo a necessidade de estudar novas fontes de energia que sejam sustentáveis.

Nos últimos anos, os estudos publicados têm produzido uma onda de propostas que visam à utilização dos recursos naturais no desenvolvimento de vários campos da ciência.

Entre as fontes renováveis de energia, a solar se destaca devido aos recentes trabalhos que buscam melhor eficiência de células solares. Esta tecnologia se mostra adequada principalmente para regiões onde a incidência da luz solar é mais intensa.

O Brasil tem uma posição geográfica privilegiada para utilização de dispositivos fotovoltaicos, que são utilizados para converter a energia da luz do sol em energia elétrica. Mato Grosso do Sul está entre os estados brasileiros que recebe boa incidência de luz solar, devido a sua geografia e atmosfera limpa.

Em Dourados, o professor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Junior Reis Silva, coordena a implantação do primeiro laboratório de síntese de materiais vítreos da instituição. “A ideia é não só adquirir os primeiros equipamentos necessários para produção desse tipo de material, como produzir vidros conversores de energia capazes de aumentar a eficiência da célula solar a base de Silício na produção de energia elétrica”, explica.

O potencial das fontes de energia renovável é enorme, principalmente do ponto de vista ambiental. “Uma das questões para o uso desses recursos naturais como fonte de energia é seu alto custo para produção, o que tem baixado substancialmente com o aumento das pesquisas nessa área”, ressalta Silva.

Novos trabalhos têm sido desenvolvidos, buscando o aumento da eficiência dos dispositivos fotovoltaicos e produções de mais baixo custo. “Os vidros co-dopados com íons terras-raras e metais de transição têm despertado o interesse por se mostrarem candidatos promissores para atingir estes dois objetivos. Esses vidros, quando acoplados com as células solares, podem aumentar significativamente a absorção da luz do Sol, e assim, a conversão de luz em eletricidade”, explica Silva.

A proposta de sistemas sofisticados que podem funcionar mesmo durante certo tempo na ausência de luz solar, tem chamado a atenção para aplicações com estes vidros especiais. As pesquisas em vidros especiais conversores de energia para células solares são promissoras e importantes para avanços tecnológicos que consideram o desenvolvimento sustentável, com ausência de danos ao meio ambiente.

Os resultados alcançados deverão ser divulgados em forma de publicações científicas em revistas indexadas da área e também será apresentado o pedido de patente. O projeto é desenvolvido com recursos financeiros do Governo do Estado, por meio da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundect), instituição vinculada à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro).

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