Publicado em 27/08/2017 às 11:00, Atualizado em 27/08/2017 às 13:53

Morre aos 81 anos o sambista Wilson das Neves no Rio

Ele participou de cerca de 800 discos com grandes nomes da música.

Redação,
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Divulgação

O sambista Wilson das Neves morreu na noite deste sábado (26) no Rio de Janeiro. Ele lutava contra um câncer e estava internado em um hospital na Ilha do Governador. Conhecido e saudado no meio artístico pelo bordão "ô sorte", Das Neves era baterista, instrumentista, compositor e cantor.

A informação foi confirmada pela página oficial do sambista no Facebook e no no Instagram.

"É com grande pesar que comunicamos a todos a partida do nosso grande mestre que foi tocar suas baquetas do outro lado.

Ficaremos com as boas lembranças", foi escrito em sua página no Facebook.

Diversos artistas prestaram homenagem a Wilson das Neves, como Chico Buarque, com quem ele tocava bateria desde 1982, e Zeca Pagodinho, que o chamou de "um dos mais importantes músicos brasileiros". A escola de samba Império Serrano declarou luto oficial de três dias.

Ainda não há informações sobre o enterro do sambista.

Wilson das Neves nasceu no Rio de Janeiro, começou a carreira profissional aos 18 anos e participou de cerca de 800 discos com grandes nomes da música, como Elza Soares, Roberto Carlos e Elis Regina, de acordo com a GloboNews.

Segundo o colunista de música do G1 Mauro Ferreira, Das Neves era "querido em todo o meio musical", "conhecido no universo da música brasileira como o excepcional baterista que tocava com ícones da MPB como Chico Buarque" e virou cantor aos 60 anos.

Em 1996, o artista se lançou como cantor com o aclamado álbum 'O som sagrado de Wilson das Neves'. Neste disco, Das Neves apresentou 'O samba é meu dom' – parceria com Paulo César Pinheiro que se tornou um clássico com o passar dos anos – e gravou com Chico Buarque, parceiro e convidado da música 'Grande hotel'.

De lá para cá, foram mais três álbuns – 'Brasão de Orfeu' (2004), 'Pra gente fazer mais um samba' (2010) e 'Se me chamar, ô sorte' (2013) – como cantor e compositor, parceiro de bambas como Nelson Sargento, Aldir Blanc, Chico Buarque e o recorrente Paulo César Pinheiro.

Fonte - G 1