Publicado em 27/08/2017 às 17:00, Atualizado em 27/08/2017 às 16:56

Estradas ruins em zona rural de MS fazem alunos caminharem por 20 minutos e consertarem ônibus

Prefeitura informou que vai abrir processo de licitação para contratar empresa para fazer o transporte de alunos da zona rural.

Redação,

Os alunos da zona rural de Corumbá, município na região do Pantanal de Mato Grosso do Sul, continuam enfrentado obstáculos para chegar até a escola. Por causa da má condição das estradas, a rota foi alterada e muitos têm de andar 20 minutos para chegar ao novo ponto. Além disso, um adolescente já consertou o ônibus que quebrou na volta da escola.

O gerente de Ensino Educação de Corumbá, Vagner Pereira, disse que em situações inusitadas não vê problema nos alunos ajudarem consertarem o ônibus, já que muitos têm conhecimento de mecânica.

“Pode acontecer as situações das mais diversas. Se quebrou e o aluno desse para dar uma ajuda eu não vejo problema nenhum. Não temos nenhuma situação em que obrigue o aluno ou o pai ou o munícipe a nos ajudar. Mas como eu falei, quando um ônibus desse atola, um trator da prefeitura vai lá e ajuda”, afirmou Pereira.

A prefeitura informou que não vai comentar o caso do adolescente consertando o ônibus porque, segundo eles, a situação ocorreu no ano passado, então é referente à gestão passada. A assessoria disse ainda que deve ser publicada na próxima semana a abertura do processo de licitação para contratar uma empresa que vai ficar responsável pelo transporte dos alunos da zona rural.

Em maio, a Secretaria Municipal de Educação havia dado prazo de até julho para resolver o problema.

Enquanto isso, os três filhos da dona de casa Vanderleia Pereira que têm 4, 6 e 9 anos, e os primos caminham cerca de 20 minutos até o novo ponto de ônibus para conseguir pegar o transporte e chegar à Escola Municipal Rural Polo Monte Azul. Antes o ônibus passava perto da casa da família, mas desde o início do ano mudou por causa da má condição das estradas.

“Por causa da estrada mesmo, porque estava no mapa para eles entrarem, mas por causa da estrada eles não conseguem”, disse Vanderleia.

Se com a luz do sol é difícil, no escuro as dificuldades aumentam para os estudantes do período noturno. “Eu saio daqui cinco horas e chego onze horas da noite”, contou a aluna Marinalva Pereira.

Quando a meteorologia não ajuda, alguns estudantes ficam sem aula. “Se der uma chuvinha de um ou dois dias, fica uma semana sem passar”, disse um estudante.

Fonte - G1 MS